Técnicos e Auxiliares em enfermagem da rede estadual decretam greve nesta quinta (30)

Trabalhadores da enfermagem de nível médio que atuam na rede estadual irão
decretar greve geral por tempo indeterminado, nesta quinta-feira (30/01). De
acordo com o Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem
de Pernambuco (SATENPE), será realizado um ato em frente ao Hospital da
Restauração, área central do Recife, a partir das 9h.
A mobilização é para cobrar um posicionamento do Governo do Estado quanto
às reivindicações da categoria que, até o momento, não houve resposta
mesmo após uma paralisação de advertência de 24h, que ocorreu em
dezembro do ano passado. A entidade garante que haverá efetivo mínimo
exigido pela Legislação nas urgências e emergências durante o período da
paralisação das atividades laborais.
Falta de reajuste salarial há cerca de 10 anos com quatro faixas distintas de
remuneração está entre os problemas enfrentados pelos trabalhadores. Outro
agravante é o salário-base de R$ 774, inferior ao salário mínimo. Falta de
insumos, de medicação, de concurso para a regularização do efetivo e de
condições estruturais estão entre as queixas dos Auxiliares e Técnicos em
Enfermagem.
Conforme o presidente do SATENPE, Francis Herbert, foram realizadas ações
para chamar a atenção das autoridades e da sociedade para a grave crise do
sistema público de saúde de Pernambuco, a fim de evitar o colapso como
aconteceu em outros estados. “Apresentamos um conjunto de propostas para
reduzir os problemas enfrentados e, até o momento, nenhuma manifestação do
governo. Por isso, não nos resta outra alternativa que não seja a mobilização e
a greve geral conforme deliberação da categoria”, denunciou.
A luta por uma assistência de enfermagem segura e livre de danos é um dos
objetivos que o SATENPE vem trabalhando, destacou Francis. Para isso,
segundo ele, é preciso que algumas questões sejam resolvidas pelo Governo
do Estado, considerando os serviços de saúde de sua responsabilidade. “O
sucateamento dessas unidades vem causando transtorno à vida dos usuários.
É notório para toda a sociedade as constantes filas nas emergências e nos
ambulatórios sem falar nos prédios com estruturas em risco, a exemplo do
Hospital Getúlio Vargas que tem parte da edificação de um bloco
comprometida”, completou.

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